terça-feira, 1 de dezembro de 2009

ÓPERA BUFA. O Bufão e o Peido.

Eu conheci e convivi com a Profª Eurides num tempo em que eu era jovem e acreditava. Acreditava no mundo, em mim e, principalmente, nas pessoas.
E Profª Eurides foi uma das minhas grandes crenças. Eu sempre a admirei.
Para mim, até ontem, ela era a nossa Margareth Thatcher. A nossa Dama de Ferro. A Educadora. A Secretária de Educação e Cultura que sabia que Educação e Cultura não se separam.
Ela foi a Deputada que moveu as pedras para enxadrezar o Pedro Passos por corrupção!
Apesar de eu professar fé pagã, eu a admirava pela fé cristã que professava religiosamente. Eu conheci a Profª Eurides numa época em que ela se recolhia quando o sol se punha na sexta feira e só saía do recolhimento quando o sol se pusesse no sábado, à tarde. Que bonito era aquilo, aquele fervor, aquela ortodoxia, aquela rigidez religiosa!
A Profª Eurides, de uma forma muito especial me empurrou para a minha profissionalização. E eu sou eternamente grato por isto.
Na semana passada eu a defendi em uma conversa qualquer por toda essa admiração que eu nutria, desde 1981. 28 anos de fé ortodoxa na Profª Eurides!
Ver arrudas e leonardos prudentes enfiando dinheiro até no rabo, se for preciso, é coisa comum. Sabida. Lamentada, mas conhecida.
Mas ver a Profª Eurides enfiando, ladinamente, dinheiros na bolsa, foi coisa que assustou. E pior ainda, coitada, levou uma bolsa enorme e só recebeu parcos 3 montinhos. Fez figura bufa. (a palavra bufa se refere a bufão e tem ainda aquele significado nordestino para o peidinho sem barulho, mas que cheira muito mal!)
Profª Eurides, naquele vídeo, enfiando 3 montinhos na bolsona enorme, foi as duas coisas: o bufão e o peidinho!
Profª Eurides, eu sou pagão. Amo e cultuo todos os deuses porque eu sou todos eles. Eu não entrego meu caminho a nenhum deles. Eu faço meus caminhos porque eu sou a divindade em mim.
Mas o seu Deus e a sua religião, geralmente, condenam a minha, ameaçando-me com o fogo do inferno porque, segundo ele, a sua religião e a senhora mesmo, só há um Deus. O mesmo a quem a senhora entrega o seu caminho.
Que Deus é esse, Professora? Um safado gatuno, ladino, pervertido, finório, batedor de carteira, malandro?
Ou ele é nada disso e a senhora está se apropriando indevidamente da imagem impoluta e virtuosa dele para praticar a imundice, a improbidade, a gatunagem, o engodo, a farsa, a traição, o furto?
A sua ação reduziu a possibilidade de centenas de seres crescerem na sua educação, na sua formação, na aquisição de bens, no seu futuro, no direito de cidadania. A Senhora roubou todos eles. (sim, roubo! Mediante violência! A violência de não lhes permitir o futuro.)
Em vista disso, meus deuses e eu a amaldiçoamos: na sua morte, na hora última de deixar aqui tudo, o dinheiro, as bolsonas, as plásticas, os filhos; os espíritos esfomeados por decorrência dos seus roubos, voltarão e lhes passarão uma conta. E sendo a sua última hora, não haverá tempo de resgatá-la.
Seus netos a herdarão e padecerão fomes que nenhum dinheiro poderá aliviar. Fomes de saúde. Cânceres hão de lhes comer as carnes.
Porque nós, Professora, já sofremos o câncer da política e da corrupção... e a senhora é a mais última prova disso.
Assim seja e assim se faça.

4 comentários:

  1. Que assim seja, que assim se faça, pois assim já é, a partir de Agora.

    Calixto Circe CenCy
    3c

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  2. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  3. Genilson, acho que você falou tudo que muitos gostariam e não tiveram coragem. Parabéns pelo texto contundente e sensato. Beijocas, Andréa Glória.

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  4. Amém!!!
    SE existe mesmo uma justiça divina, ah, ela há de ser feita!

    Adorei seu texto! Sinto a mesma indignação virulenta - com a diferença de não ter conhecido pessoalmente qualquer dos personagens dessa vergonha. Parabéns pela sinceridade!

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