Eu tenho uma amiga que fala que quem tem passado não pode ter orkut.
Eu tenho passado, tenho culpa no cartório e meu passado me condena. Mas, mesmo assim eu já tive Orkut, já tive Facebook. Não os tenho mais, não porque meu passado me impeça de tê-los. Por ironia, o futuro me impediu de continuar com eles.
Mas isso são outras bolas.
Na verdade, meu passado é que é o assunto e ele me condena, sim! Veja bem:
Eu já fui wiccano e daqueles cuja tradição wiccana não tinha a menor idéia do que é ou poderia ser a Wicca! Esse passado (coisa execrável é isso de não poder apagar o passado) me enche de vergonha... Quando eu me lembro fazendo caretas de bicho bravo, com desenhos feitos a callao na cara, 4ª posição en dedans de ballet com as pernas e dedos crispados arranhando o ar, com unhas pintadas de preto, túnica de cetim prata, com a parte de baixo cortada à guisa de centurião romano, cordão-de-são-francisco com nós (chamavam a isso de laços mágicos... Pensem!!!) e grunhindo.... Não!!!! Socorro! Alguém conhece aí uma borracha de apagar lembranças?
Sobre esse passado wiccano-de-mentirinha eu tenho anedotas tão envergonhantes que é melhor mesmo eu fingir que não estou em mim ou esse passado não me pertence.
Pense na pessoa, cara maquiada com callao, vestidinho prata (de cetim!!! só isso já diz tudo o que pode ser envergonháve!), em rituais (de quê mesmo, heim?) no Parque da Cidade “levantando as brumas” (?) do Círculo Mágico que foi traçado com o giro de um sacerdote (?) com uma faca apontando para o alto e para o nada!
Eu tenho passado, tenho culpa no cartório e meu passado me condena. Mas, mesmo assim eu já tive Orkut, já tive Facebook. Não os tenho mais, não porque meu passado me impeça de tê-los. Por ironia, o futuro me impediu de continuar com eles.
Mas isso são outras bolas.
Na verdade, meu passado é que é o assunto e ele me condena, sim! Veja bem:
Eu já fui wiccano e daqueles cuja tradição wiccana não tinha a menor idéia do que é ou poderia ser a Wicca! Esse passado (coisa execrável é isso de não poder apagar o passado) me enche de vergonha... Quando eu me lembro fazendo caretas de bicho bravo, com desenhos feitos a callao na cara, 4ª posição en dedans de ballet com as pernas e dedos crispados arranhando o ar, com unhas pintadas de preto, túnica de cetim prata, com a parte de baixo cortada à guisa de centurião romano, cordão-de-são-francisco com nós (chamavam a isso de laços mágicos... Pensem!!!) e grunhindo.... Não!!!! Socorro! Alguém conhece aí uma borracha de apagar lembranças?
Sobre esse passado wiccano-de-mentirinha eu tenho anedotas tão envergonhantes que é melhor mesmo eu fingir que não estou em mim ou esse passado não me pertence.
Pense na pessoa, cara maquiada com callao, vestidinho prata (de cetim!!! só isso já diz tudo o que pode ser envergonháve!), em rituais (de quê mesmo, heim?) no Parque da Cidade “levantando as brumas” (?) do Círculo Mágico que foi traçado com o giro de um sacerdote (?) com uma faca apontando para o alto e para o nada!
E sabem como era “levantar as brumas” do círculo? Eu conto! A pessoa pára, abaixa o corpo e os braços, pega alguma coisa que não vê (diziam uns que viam mesmo, que era coisa palpável) e levanta essa coisa, tipo assim, uma cortina, segura em cima para que um outro ou uma outra “entrem”. Depois a pessoa abaixa essa cortina e tudo volta como era: a privacidade, a defesa e a impenetrabilidade do círculo!
Talvez por isso a wicca tenha se banalizado tanto e virado modinha de estação (claro, já ultrapassada e esquecida) dos adolescentes emo e rpgistas!
Já votei no Roriz. (pena que aqui não dá pra pôr o emoticon de face corada!)
Já votei e acreditei e gostei do Arruda. (Sim, pra que negar? Como se nega o passado?)
Já acreditei na Eurides Brito e já a admirei como se admira uma Margareth Thatcher.
Já fiz campanha para aquele, como é o mesmo o nome? Aquele que passa todo o tempo jogando para a platéia? Gente, como é? Ah, o Cristóvam Buarque! (arghhh)
Já acreditei no Budismo... bom, aqui merece um adendo. Acreditei nessa coisa que os lamas (que trocadilho interessante esse título faz com a coisa!) dizem ser o budismo e eu afirmo, garanto e dou todo um braço pra cortar, que isso não pode ser o que Buda disse. Isso é Lamaísmo: o culto ao lama (antes tivessem me pedido que cultuasse a lama, a coisa mesmo, água e terra).
Já fui para a Índia buscando uma “experiência espiritual” sem saber muito bem onde ficava a Índia; o que seria uma “experiência espiritual e muito menos onde eu poderia achar esta experiência. Andei por 9 cidades e fui acabar em um puram (onde encontrei um santo maravilhoso. Só me sorriu com o sorriso mais humano que uma criança possa ter, deu-me um mala de cardamomo que tirou do seu pescoço, fazendo-me sentar a seu lado, com uma intimidade e liberdade que os seus discípulos, ali, no momento não tinham direito)
No mesmo puram fui levado à presença de uma bichona, com pose, tipo, jeito, cara e aquilo... bom não posso falar o termo aqui ... de itamarateca que não chegou ao circuito Helena Rubinstein, e estava sendo “preparado” para substituir o santo, quando esse morresse. A bichona (tinha túnica amarrada à grega, verde, com debruns... uiii!) dourados e me olhou do alto da sua gordice, furibunda porque eu era o único ser que permanecia em pé, à frente dela enquanto todos os outros mortais se deitavam e colavam a testa no chão! Aí não! De bicha pra bicha, eu sei ser mais: toco piano, falo francês e já entrei nos Estados Unidos com uma yellow sheet – acima de qualquer duana! (foi quando, depois dessa bichice de ambas as partes é que desacreditei do hinduísmo também).
O meu passado é longo! Sobressaltaaaado!
Mas há coisas que meu passado não registra e me orgulham muito:
Nunca li um livro de autoajuda! Sou completamente ingênuo (no sentido primevo do termo) a esse respeito. Se necessitarem de um virgem autêntico nesse assunto, já estou eu de dedo erguido.
Nunca assisti a um programa do Gugu e muito menos do Ratinho. Isso eu não tenho no meu passado.
Nunca li um livro do Paulo Coelho. Sou um dos raros seres em toda a humanidade que pode ostentar esta isenção com orgulho. Nada contra Paulo Coelho. Tudo contra os autodesapropriados e afoitos que o lêem e o adotam como guru sempiterno
Eu nunca votei no Lula! O Filho do Brasil! Podem mostrar a língua, não me causa nenhuma espécie. Lula e Paulo Coelho estão ali, ó! Um e outro.
Eu nunca joguei RPG (por isso afirmo que a minha bruxaria seja mais autêntica!).
E uma coisa, a mais contundente, eu não tenho no meu passado: a sujeição!
Talvez por isso a wicca tenha se banalizado tanto e virado modinha de estação (claro, já ultrapassada e esquecida) dos adolescentes emo e rpgistas!
Já votei no Roriz. (pena que aqui não dá pra pôr o emoticon de face corada!)
Já votei e acreditei e gostei do Arruda. (Sim, pra que negar? Como se nega o passado?)
Já acreditei na Eurides Brito e já a admirei como se admira uma Margareth Thatcher.
Já fiz campanha para aquele, como é o mesmo o nome? Aquele que passa todo o tempo jogando para a platéia? Gente, como é? Ah, o Cristóvam Buarque! (arghhh)
Já acreditei no Budismo... bom, aqui merece um adendo. Acreditei nessa coisa que os lamas (que trocadilho interessante esse título faz com a coisa!) dizem ser o budismo e eu afirmo, garanto e dou todo um braço pra cortar, que isso não pode ser o que Buda disse. Isso é Lamaísmo: o culto ao lama (antes tivessem me pedido que cultuasse a lama, a coisa mesmo, água e terra).
Já fui para a Índia buscando uma “experiência espiritual” sem saber muito bem onde ficava a Índia; o que seria uma “experiência espiritual e muito menos onde eu poderia achar esta experiência. Andei por 9 cidades e fui acabar em um puram (onde encontrei um santo maravilhoso. Só me sorriu com o sorriso mais humano que uma criança possa ter, deu-me um mala de cardamomo que tirou do seu pescoço, fazendo-me sentar a seu lado, com uma intimidade e liberdade que os seus discípulos, ali, no momento não tinham direito)
No mesmo puram fui levado à presença de uma bichona, com pose, tipo, jeito, cara e aquilo... bom não posso falar o termo aqui ... de itamarateca que não chegou ao circuito Helena Rubinstein, e estava sendo “preparado” para substituir o santo, quando esse morresse. A bichona (tinha túnica amarrada à grega, verde, com debruns... uiii!) dourados e me olhou do alto da sua gordice, furibunda porque eu era o único ser que permanecia em pé, à frente dela enquanto todos os outros mortais se deitavam e colavam a testa no chão! Aí não! De bicha pra bicha, eu sei ser mais: toco piano, falo francês e já entrei nos Estados Unidos com uma yellow sheet – acima de qualquer duana! (foi quando, depois dessa bichice de ambas as partes é que desacreditei do hinduísmo também).
O meu passado é longo! Sobressaltaaaado!
Mas há coisas que meu passado não registra e me orgulham muito:
Nunca li um livro de autoajuda! Sou completamente ingênuo (no sentido primevo do termo) a esse respeito. Se necessitarem de um virgem autêntico nesse assunto, já estou eu de dedo erguido.
Nunca assisti a um programa do Gugu e muito menos do Ratinho. Isso eu não tenho no meu passado.
Nunca li um livro do Paulo Coelho. Sou um dos raros seres em toda a humanidade que pode ostentar esta isenção com orgulho. Nada contra Paulo Coelho. Tudo contra os autodesapropriados e afoitos que o lêem e o adotam como guru sempiterno
Eu nunca votei no Lula! O Filho do Brasil! Podem mostrar a língua, não me causa nenhuma espécie. Lula e Paulo Coelho estão ali, ó! Um e outro.
Eu nunca joguei RPG (por isso afirmo que a minha bruxaria seja mais autêntica!).
E uma coisa, a mais contundente, eu não tenho no meu passado: a sujeição!