quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Em cima do muro... isso realmente existe?


Chega a ser interessante notar que mais de 60 pessoas visitaram o meu blog nos últimos dois dias e nenhum, absolutamente nenhum comentário foi registrado.

Um triângulo de visitantes desde Mountain Ville, na Califórnia, Maringá e Madrid, com diversas ocorrências entre Manaus, São Paulo e Distrito Federal e infelizmente nenhum comentário!

È lógico que todos esses leitores formaram alguma opinião a respeito do que eu escrevi, não resta dúvida, embora não tenha havido um sequer que externasse uma ou outra opinião.

Dá-se a isso o nome de “permanência em cima do muro”. Acreditam que eu não creio nisso?

O ser humano não é equilibrista. Ele não consegue permanecer em estado de possível desequilíbrio. Acredito, sim, que ele permaneça por pequenos momentos “em cima do muro” enquanto não pende para o lado que mais lhe ofereça ou melhor o proteja. Isto sim, oportunista o ser humano é e é bom nisso!

E quando lá, no lado que mais lhe oferece ou mais o protege, ele se defende de emitir qualquer opinião para que o lado protetor não o ejete de qualquer cadeira ou qualquer medíocre posição de conforto.

Quando, por algum motivo qualquer, isso ocorre esse ser volta, por pouquíssimo tempo para “cima do muro” e, rapidamente, desce para o lado oposto, dizendo-se admirador dele desde sempre! Convenientemente calado e adulador.

Sinto, Senhores, com amargura esta pobreza humana. A falta de recursos próprios para externar, manter e defender suas posturas pessoais peculiares. Essa omissão de si mesmo. Essa autodesapropriação em prol de proteção e ganhos.

Faz parte da miséria humana? A miséria consigo mesmo. A miséria da vontade? O medo? A falta de culhão?

Eu gosto da polêmica rica, dos pensamentos díspares, da contenda armada com palavras certeiras, a seta de Árjuna! Eu preciso avidamente disso para a sobrevivência do meu espírito. Eu necessito ser provocado pelo meu contendor e vencer ou morrer em bravura. Bravura da honra. Em honra de mim mesmo. Em honra do meu destemor.

Apontem para o meu peito as suas palavras armadas com o destemor do bravo guerreiro e eu saberei encará-las com o respeito que um bravo guerreiro exige e é credor. Afora isso, a mudez me desencanta. A mudez expõe à minha vista o fraco, o imberbe, a debilidade, a subserviência, a covardia... e, à frente disso, não sujo a minha arma com sangue indigno dela.


4 comentários:

  1. Hum... farei um comentário: acredito que vc quer atenção e não foi capaz de perceber que as pessoas tem o absoluto direito de guardar suas opiniões pra sí mesmas. Se esse ultimo post teve algo para influir na minha opinião, foi apenas esse pequeno momento de rejeição.

    Sem mais.

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  2. Bem, eu não tenho nada a acrescentar... mas, nem sempre tenho uma opinião forte o suficiente, e com argumentos o suficiente para iniciar um debate... nem sempre meu cérebro está afiado... enfim, nem sempre tenho opinião, pois nem sempre o assunto me interessa, ou, ao menos, desperta curiosidade... Mas, já que você queria um comentário, aí está. Né não Gê? Hahahahahaha (Marcos)

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  3. Sr Carvalho,
    quando eu quero atenção (e a quero sempre!)ou quando não dou atenção, ou quando emito opinião eu o faço. Quando por escrito, eu assino embaixo, com perfil aberto, foto e tudo o mais. Quando não virtual, eu o faço cara a cara.
    Sempre achei e afirmo: o contrário disso é cagaço e covardia. Não concorda? Que pena. Só me resta afirmar que o Sr é também um cagão covarde.

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  4. A vida é mais que foda: a vida é dura. :(

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