domingo, 13 de junho de 2010

O Parque ecológico e o gozo em público


Pois é... há coisas humanas, humanamente impensáveis. Acreditam que eu estava passeando com o Volupto (ele precisa de vinte minutos diários de sol suave, diários) no Parque Olhos d’água, para que ele pudesse satisfazer-se com aromas e brisas da vida silvestre, a que ainda posso oferecer para ele, já que não há mais disso, assim tão fácil e não posso devolvê-lo à mesma porque o bichinho nasceu em cativeiro e não teve, lá, muitas experiências com essas coisas de matos e árvores e bons cheiros de caças gordas...

Pois bem, depois dos 20 minutos de sol e grama e troncos de árvores, eis que chega a segurança do parque, (aliás, um deles, um troglodita que, uniformizado, claro que pensou que havia virado gente!) e me informou que lá era uma reserva ecológica e que eu não podia entrar lá com animais!

Senhores! Senhores... alguém pode me explicar o que é uma reserva ecológica onde não podem entrar animais silvestres?

O mais inacreditável é que lá moram animais silvestres e mais ainda, lá moram serpentes. Há placas indicativas informando isso...

Eu estou mesmo em profunda e inaudita crise de entendimento.

O meganha troglodita da dupla de segurança uniformizada (e por isso mesmo pensando que viraram gente) quis que eu apresentasse os documentos do meu animal. (dessa vez eu portava os documentos). Eu, chato, irritadiço e muito petulante, informei a ele que ele não podia pedir isso, muito menos exigir como estava tentando, já que ele não é autoridade competente. (Imaginem uma pequena autoridade uniformizada ouvir de outrem que ela não é autoridade competente!)

A criatura quis matar-me... (graças a deus fora treinado para não sacar a arma a qualquer hora! Apenas treinado, ouviram bem? Apenas treinado com reforço ou punição como qualquer macaquinho – aqueles que eu cito no texto passado).

Agora, adivinhem quem acionou a segurança!

Claro, uma mulher feia!

Eu fico pensando porque não proíbem mulher feia de andar nos parques ou calçadas... deveriam ser todas trancafiadas em “foedetérios” (acabei de criar esse neologismo!) e se cobrassem algumas moedas quando, nos domingos, elas fossem exibidas em conjunto para algum fetichista específico!

Voltando. Quando ela passou por mim, viu o Volupto no meu pescoço e garanto, senhores, ela gozou! Um frêmito. Uma estremeção. Um espasmo percorreu-lhe o corpo; os seus olhos reviraram nas órbitas e suas pálpebras se fecharam e um som gutural, áspero saiu-lhe da garganta pelos lábios entreabertos... um gozo literal!

Como as mulheres feias têm sempre muito pouco, ou bem distante contato com gozos regulares e como também, não é bom tom gozar em público, evidente que a mulher feia condenou-me como se eu fosse o capeta que a fizera gozar. Ai, que vergonha gozar em público.

Refez-se rapidamente desse “pejo de ação feita contra o decoro, contra a decência” (obrigado, Michaellis) e, ato contínuo, foi mandar o guarda (o protetor da honra e do decoro) prender o Capeta que ficava fazendo moças decentes e honradas ficarem, assim, gozando em público!

Um parque ecológico onde não podem entrar animais silvestres, mas podem ser freqüentados por animais fêmeas autocastradas pela sua própria feiúra e que contratam humanóides para guardar a prática da moral, dos bons costumes e do controle dos gozos impudicos das mulheres feias...

Antes de sair do parque, comentei com o troglodita que mais uma vez uma mulher feia fazia reinar sua fealdade e ele me disse: Feia? Ela é um mulherão.

Perguntei assustado. Não será você que não sabe distinguir uma coisa da outra?

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