domingo, 12 de setembro de 2010

Café da Rua 8. A incivilidade. O desrespeito e a afronta


Quero agradecer ao Café da Rua 8 por mais uma noite insone... já foram tantas nesses 14 anos que nem chega a ser mais surpreendente.

Ontem foi a comemoração do seu aniversário e, como ocorre anualmente, é programado um show na via pública. A rua é fechada. Nem moradores podem estacionar nela depois das 18 horas.

Um show sofrível, de qualidade artística discutível e, definitivamente, a escolha do mais descaracterizado equipamento de sonorização. O resultado é de festinha escolar de fim-de-ano.

Separados estes detalhes, o que impressiona mesmo é o desrespeito, a invasão, a incivilidade, a despreocupação com a coletividade, com a vizinhança e, ao que tudo indica, também com a Lei do Café da Rua 8.

O indefectível show começou por volta das 18 horas e prolongou-se até às 2:30 da madrugada. (Segundo o que eu ouvi na Delegacia de Polícia houve desrespeito à validade do alvará, quando o horário de término foi longamente afrontado)

Deixa estar que eu, vizinho desse mau vizinho, esperei, com fé nos deuses que após o término da festinha, eu pudesse ter silêncio para desfrutar o meu merecido e duramente conquistado descanso. Ledo engano!

Quando tudo parecia silenciar a empresa que montou o palco – A Palco Locações – resolveu desmontar a enorme estrutura que fora usada. Um grupo de funcionários barulhentos que, além de falar muito alto, rir desbragada e ruidosamente, não têm a mais pequena noção de ordem e silêncio.

Cada cano que era desmontado era atirado no asfalto e lógico, todo o estardalhaço referente.

Indignado eu desci e fui pedir que não fizessem barulho porque eu queria dormir.

O funcionário olhou para mim, disse que estava cumprindo o serviço dele.

Revidei com vontade, quando ele me olhou e disse, na pachorra dos que se sabem protegidos: “agora que eu comecei a fazer barulho, é que vou fazer mais!”

A Palco Locações é de propriedade do Wilsinho e eu conheço o Wilsinho de longa data. Conheço e admiro a sua competência. E imagino que ele não saiba como sua equipe trabalha. Mas sempre a conduta dos funcionários de uma empresa reflete a conduta da empresa e seus dirigentes. Faz tempo que não o vejo. Será que anda acontecendo esse afrontamento à ordem e ao silêncio com a conivência dele?

Quando falei com um dos funcionários que eu conhecia o Wilsinho e que ira me queixar, ele me afrontou novamente e perguntou se eu queria o telefone do patrão...

Os proprietários do Café da Rua 8 foram para as suas casas dormir o sono dos patrocinados. O Wilsinho estava em casa dormindo o sono dos justos e eu tentando tampar os meus ouvidos.

Na Delegacia aonde fui registrar a ocorrência, a agente de plantão comentou que “esta gente (do Café) dá trabalho demais”

A Polícia Militar enviou uma viatura por duas vezes para admoestar a equipe infratora e, enquanto a Polícia permaneceu no local, o barulho era diminuído. Após a saída, os funcionários olhavam para a minha janela, que fica em frente, e recomeçavam, intencionalmente, a piorar a algazarra.

Os Policiais me aconselharam tomar uma medida mais severa porque, segundo eles, é tanta reclamação, tanta queixa contra o Café que já cabe um pedido de fechamento do mesmo.

Até quando a absoluta desconsideração e a impunidade do Café da Rua 8 vão continuar?

Um comentário:

  1. Eu também achei um absurdo, quando tentei passar por ali naquele dia, que eles fechassem a rua como se ela fosse particular e não pública. Pensei nos moradores dali e, evidentemente, em você, querido amigo-mais-recente que, como tantas outras pessoas sofrem de maus vizinhos...
    Mas... essa prepotência do pequeno poder (ou poder nenhum) do desmontador de palco é que é pior. O sujeito é impotente e desempoderado, mas, de repente, em sua arrogância e soberba, imagina que afrontar uma pessoa que está em seu pleno direito pode torná-lo poderoso... Pinto mole é duro, viu...
    Tenho um vizinho do gênero: bebe desbragadamente desde cedinho, liga o som a todo volume já de manhã e avança bem além das 22:00 com a música tocando super alto, como a compartilhar com a quadra inteira seu repertório. Lá pelas tantas, começa a gritar palavrões, chingando sabe-se lá quem. Comecei a reclamar do desrespeito à lei do silêncio e, porque o impotente e desempoderado cabra sente necessidade de autoafirmação e, por isso, precisa provar que é poderoso, agora já grita contra mim, bem alto, altíssimo, para todo mundo ficar sabendo o que ele pensa a meu respeito. São coisas mimosas e meigas, como os já conhecidos, clássicos e batidos "filha da puta" e "cachorra", até "solteira". Ah! Essa é muuuuuuito boa. Eu nunca havia sido chingada de solteira antes (rsrsrsrsrsrsrsrs).
    A você desejo todo êxito nessa empreitada contra os maus vizinhos e em defesa da boa vizinha.

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