quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A Holandesinha



Ontem me perguntaram se eu desisti de bater na Vittoria Rekis e na Jackqueline Lob.
Claro que não! Ainda mais que agora, recentemente, o clã da Vittoria comprovou sua eficiência, revelando ao mundo, mais uma de suas criaturas: a Holandesinha!
Parabéns, Vittória, a holandesinha é mesmo a cara cuspida e escarrada de todo o seu clã! (tá bom! Eu sei que a expressão correta original é “esculpida em Carrara... mas Carrara é um pouco demais pra ser citada no clãzinho! Me poupe.)
Vale a pena relembrar para os que leram as minhas palavras anteriores e fazer saber aos que não sabem ainda, quem é a Holandesinha.
Menino, nasceu no interior da Paraíba, filho de pai político (daqui já podemos tirar algumas conclusões), cabeçorra chata, ausência quase completa de pescoço e, no lugar dos cabelos, um ninho de guaxo.
Recebeu um nome afrancesado em homenagem a um jogador de futebol (eu não posso deixar de rir, Senhores, muito!!! – uma bichinha, cabeçuda, cabelo muito pixaim, sendo uma homenagem viva a um jogador de futebol!) E pior, o pai homenageador ainda pensa que a holandesinha pode ser, mesmo, de verdade, uma homenagem a um dos esportes mais emblemáticos da masculinidade (sim, podemos discutir isso melhor, depois. Agora não cabe aqui).
Paraibano – isso deu a esse nativo do estado da Paraíba uma enorme mágoa. Ele sonhava ser estrangeiro.
Precisava viver o mais geograficamente distante do pai paraibano porque, costuma-se afirmar, pais paraibanos matam os filhos gays. (a própria holandesinha fala isso com olhos arregalados de pavor)
O sonho de ser uma menina loira, com trancinhas loiras, usando touca de 3 pontas, corpete preto sobre blusinha de mangas bufantes, saínha franzida e tamancos de madeira, ao lado de um carneirinho, tornou-se uma obsessão.
Preparado e instruído no clã da Vittória (ela mesma. com origens e sonhos muito, parecidos) facilitou ao menino a ida para a Holanda.
Por meio de traições, escambos, pagamentos com favores sexuais, embustes, trapaças, engodos, artimanhas, mentiras, desonra, alcovitação, alcaiotismo, intrigas, adulações, viadagem... o menino chegou lá. (Hoje vive sabe-se lá como, se manteúdo ou não por um nativo mais bem aquinhoado financeiramente. Não posso afirmar ainda. Não tenho dados suficientes.)
A única coisa ruim que a realidade usou para ferir a fantasia da Holandesinha: ela não era loira e muito menos poderia fazer tranças com o ninho de guaxo que portava na cabeça.
Mas como todo iniciado do Clã Vittoria Rekis, a mentira é fator preponderante, necessário e eficiente para a homeostase... A HOLANDESINHA RASPOU A CABEÇA!!!!
(Perdoem, senhores, mesmo que a Holandesinha acredite muito nessa trapaça, não dá pra ficar sem debochar ao ver uma cabeçorra paraibana, quase colada aos ombros, raspada!)

5 comentários:

  1. Ainda bem que é tudo ficção! ;)
    Beijo.
    Ana.

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  2. é verdade! Paraibano Holandesinha, tranças loiras de ninho de guaxo... isto tem de ser mesmo, muita ficção!

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  3. Só uma pergunta, pois não sou pessoa tão culta quanto nosso querido escritor (perceba que não sou o único leitor do blog). O que é um "guaxo"?

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  4. Guaxo significa, textualmente, cria rejeitada pela mãe (em geral, aves) ou diz-se do ovo que uma ave põe no ninho de outra ave.
    Como regionalismo de Minas Gerais, significa animal feio. A expressão "ninho de guaxo" significa emaranhado, bagunçado, muafo, enrolado, embaraçado...
    Risos... é o que é o cabelo da Holandesinha, lembra?

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  5. Ahhh, me esqueci. Também tem um pássaro que se chama guaxo. É preto, parecido com o anu, com o pássaro preto, mas tem as costas vermelhas. O seu ninho fica pendurado nas folhagens das árvores e parece a carapinha dos negros

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