Algumas nuvens me induzem a pensar que se afigura no horizonte um vulto.
As nuvens, no poente, me afirmam que eu devo olhar para o horizonte e esperar para divisar a silhueta negra que se avizinha.
Meu deboche me induz a rir e dar de ombros, mas meu coração, esquecido que estava destas coisas, se avoluma e se infla. Medo ainda. Reticente
E eu, entre o meu deboche e o meu coração digo vá lá! Acredite!
E eu mesmo acredito.
Será, deveras, uma silhueta que se avizinha pra me pertencer e me fazer pertencido?
O fosco que se fará brilhante? Radiância?
Meu deboche debocha largo e eu retraio e me contorço e me desfaço, novamente.
Decido não crer. Decido apartar-me. Decido que não.
Mas o não não desce pela minha garganta, se embrulha na minha língua e lá permance. Meu coração não o recebe.
Meu coração e eu pendemos olhosos para o horizonte. Fio rosado entre o céu e a noite. Está lá, à espera, a silhueta. Unicamente esperando um aceno.
Devo acenar e dar-me de novo por inteiro?
Bonito,penso.........minto....Bonito, sinto!!
ResponderExcluirAi como eu queria ter essa resposta...
ResponderExcluirlindo!!!
ResponderExcluir...eterno dilema, me deixo sofrer ou devo acenar e mergulhar de cabeça???????!!!!!!!
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