A paz é redonda. Obesa. Mulher farta sentada. Imóvel. Imobilizante também. Uma mulher muito gorda, obesa demais, sentando-se sobre você. Sobre todo você.
A paz é asfixiante como uma mulher gorda, muito gorda, deitada sobre você.
A paz gorda deitada sobre você é entediante e o tédio só advém do estado imobilizado embaixo da paz.
É preciso que essa mulher gorda, farta, deitada sobre você, imóvel como toda obesidade, seja ultrapassada. Pela direita ou mesmo pela esquerda. Mas ultrapassada.
Mas como ultrapassá-la se, deitada sobre você, ela é o Paraíso e o Paraíso é amorfo, insulso e inodoro?
Diferente seria se esta mulher obesa fosse inflável? Fosse capaz de ser inflada por nós mesmos e quando o tamanho e o peso fossem insuportáveis, um alfinete resolveria a questão?
É uma idéia. Mas as boas idéias necessitam ser perigosas. Não sendo, não são boas idéias. E qual o perigo que seria ser inflada por nós mesmos e estourada, pummm! por esses mesmos nós?
Estaria o perigo - necessário para ser uma boa idéia - no nunca sabermos a medida exata de suportar o peso na medida certa, no último átimo de tempo antes de passar a ser insuportável?
Ou estaria no momento jamais sabido de usar o alfinete?
O risco de não saber o instante ideal, a ubicação, a mosca...? o insustentável? o imprevisível absoluto?
Onde estaria o nosso prazer de acabar, por ponto final na nossa Paz?
O prazer de voltar à instabilidade e à mobilidade? Mover o nosso timão para a popa da paz?
Ou movê-lo para a proa como mandam a moral e os bons costumes?
A paz é uma mulher gorda, obesa, imóvel, construída e argamassada por gigantes sanduíches de moral? Grande mortadelas de bons costumes? Grandes e multivariados bombocados de doce tédio do bom procedimento?
Ah, esta mulher gorda, obesa, enfastiada está amassando os meus ovos, meus mamilos, minha barriga gorda, entortando a minha boca e está me dando nos nervos!
E alfinetes não me resolverão o fastio.
Devo voar para o Mar Vermelho onde habitam demônios e com eles chafurdar nas lamas e de onde virão à luz cem mil mais demônios nascidos do nosso coito?
Ah!, este tédio redondo me vem com os vomitares de todos vocês!
A paz é asfixiante como uma mulher gorda, muito gorda, deitada sobre você.
A paz gorda deitada sobre você é entediante e o tédio só advém do estado imobilizado embaixo da paz.
É preciso que essa mulher gorda, farta, deitada sobre você, imóvel como toda obesidade, seja ultrapassada. Pela direita ou mesmo pela esquerda. Mas ultrapassada.
Mas como ultrapassá-la se, deitada sobre você, ela é o Paraíso e o Paraíso é amorfo, insulso e inodoro?
Diferente seria se esta mulher obesa fosse inflável? Fosse capaz de ser inflada por nós mesmos e quando o tamanho e o peso fossem insuportáveis, um alfinete resolveria a questão?
É uma idéia. Mas as boas idéias necessitam ser perigosas. Não sendo, não são boas idéias. E qual o perigo que seria ser inflada por nós mesmos e estourada, pummm! por esses mesmos nós?
Estaria o perigo - necessário para ser uma boa idéia - no nunca sabermos a medida exata de suportar o peso na medida certa, no último átimo de tempo antes de passar a ser insuportável?
Ou estaria no momento jamais sabido de usar o alfinete?
O risco de não saber o instante ideal, a ubicação, a mosca...? o insustentável? o imprevisível absoluto?
Onde estaria o nosso prazer de acabar, por ponto final na nossa Paz?
O prazer de voltar à instabilidade e à mobilidade? Mover o nosso timão para a popa da paz?
Ou movê-lo para a proa como mandam a moral e os bons costumes?
A paz é uma mulher gorda, obesa, imóvel, construída e argamassada por gigantes sanduíches de moral? Grande mortadelas de bons costumes? Grandes e multivariados bombocados de doce tédio do bom procedimento?
Ah, esta mulher gorda, obesa, enfastiada está amassando os meus ovos, meus mamilos, minha barriga gorda, entortando a minha boca e está me dando nos nervos!
E alfinetes não me resolverão o fastio.
Devo voar para o Mar Vermelho onde habitam demônios e com eles chafurdar nas lamas e de onde virão à luz cem mil mais demônios nascidos do nosso coito?
Ah!, este tédio redondo me vem com os vomitares de todos vocês!
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