quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Poema XXI


queria abrir no meu peito uma cruz
rasgada
lentamente
Ritual
religioso...
e tirar lá de dentro
devagar,
sem força,
quase ternura,
este meu coração.
E vê-lo
estremecer
vagaroso,
indefeso,
trêmulo...
batidas fracas,
arritmadas,
uma...
outra...
duas.
Quase nenhuma.
E o sangue
descendo,
coando,
quando,
fio.
Queria arrancar este coração
e pisar nele todo o meu ódio
racional
Este meu coração não soube
ser mais forte que a minha
desrazão.

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