domingo, 25 de abril de 2010

Decifra-me ou devora-te...


No princípio era o Anticristo.

7 lunações então, a ópera da Lua. Hoje, o sorriso de Alice.

Os cães acreditam em tudo. São crédulos.

Somente os homens loucos fazem interesses.

A cada dia lembrar 7 coisas impossíveis.

E você é o você errado porque não mata.

Sou Belerofonte porque mato Belero a cada dia. O Belero que está em si e nos outros. Os cães temem a quimera.

Athena torna-me o chão macio a cada queda e Pégaso já seduziu o Olimpo, aonde cheguei e habito sobre todos os rios e todos os fogos.

Sou Narciso porque me fiz Narciso em cada conquista de mim mesmo. Todas as águas me fascinam e nelas me reflito. Apaixono-me por mim a cada água que me olha e nela vejo o homem que eu amo.

O Narciso que habita em si é Liríope apaixonada pelo homem que Narciso não tolera ser.

Meu narciso jamais definha. Marte fogo e Marte água me são.

A mulher Deméter atirou falas. Falas mortas. E antes do sorriso de Alice se hasteia diaconisa.

Aias levantam-lhe as saias para alimentar a vulva exangue. Liríope que arrouba Narciso de Narcisa. Liríope avolumada de ciúmes e despeitos de Amantis.

A mulher Deméter e Narciso morto reconhecem suas faces nas águas de Cefiso e se partirão em ódios. A face a ser refletida na água não é refletida, eis que só imagem.

Duas colunas se estabelecerão e eu estarei no arco de ambas. Elevado.

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