A Divindade é a Vida. Ou, mais simples ainda, a divindade é a vida.
Isso que você vê em toda parte, que existe, palpita, é a vida. Isso que é todo-penetrante está em tudo e é tudo, isto é a vida. E a Vida é o Divino.
Isso que chamam, em aleivosia, de deus, de deusa ou por uma infinidade de nomes e características diferentes, em todos os panteões, é apenas e tão somente isso que está em toda parte e é o todo e todas as suas partes: a Vida.
A vida se manifesta e se preserva
Quando você se ajoelha no altar para fazer pedidos aos deuses, você está morto. Você não tem vida. Você tem medo da vida e, morto, pede à vida, que lhe favoreça coisas.
A vida não pode favorecer coisas à Morte. A Vida não presume a morte.
Aquilo que você e todos os religiosos chamam de morte é apenas o momento de mudança de roupa da vida. A Vida é permanente e, ao contrário da afirmação budista, tudo é permanente, porque tudo é a vida.
Isso que você chama de morte, de fim, é o seu estado impermanente de vida, porque você está morto dela. Você está vazio de Vida e, por isso, pede, faz culto, rende homenagem ao todo Divino – a Vida – como se a vida fosse algo apartado de você e você precisa pedir coisas a ela, porque ela não está em você.
Só quem não tem é que pede. Quem tem, doa, reparte.
Então, esqueça esses deuses e deusas que lhe prometem coisas e controlam os seus caminhos. Eles também são mortos de vida e não podem lhe doar nada. A morte é o vazio e o vazio só pode habitar o vazio que você lhe oferece, renegando-se à Vida.
O culto amedrontado que você faz a esses deuses mortos é o medo que você mesmo tem da Vida.
É sua a escolha de ser uma manifestação da Vida – portanto essencialmente divina – ou morrer-se e oferecer seu cadáver ao vazio.
A vida não prescinde da vivacidade. Ao contrário, exige e se alimenta dela. Para a Morte, basta apenas o vazio que você lhe oferece.
Seja divino vital ou morto. Simples escolha.
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