Hoje a Lua se fez linda como nunca para esperar o Bill Berry chegar!
Vestiu-se com todos os pratas que arregimentou no céu e todos os vestidos de nuvem branca; lânguida e imponente, apareceu fulgurante.
Recebeu o Bill com o olhar suave das grandes mulheres e cercou-o de mimos e atenções, apresentando-o a cada membro da realeza...
E, como convém a uma grande senhora, na hora certa, recolheu-se à devida e adequada discrição, permitindo que o convidado da noite atuasse no seu brilho próprio. Fulcro das atenções.
Velou-se, então, na sua grandeza e, majestosamente, permaneceu na sala do céu, com poucas falas, sorriso discreto e maneiras nobres... como convém a toda verdadeira Rainha. Divina e misteriosa, sorria, sorria e quedava silenciosa. Até o fim da noite, quando, Rainha e Divina, presenteou-o com uma adorável surpresa de prazeres e encantos, enviada pela sua prima Vênus.
E o Bill Berry, em frutos e bagas, recatado em esperanças e volúpias, como convém a qualquer nobre, foi.
Eu, convidado da Lua, em êxtases e assombros, encontrei a hora de me ir. Levantei-me, elegante como convém a todo Leão, saudei os tantos outros convivas e, à porta, recebi os abraços da anfitriã. Segurando as minhas duas mãos entre as dela, olhou-me sobranceira, como convém a todos os sábios e segregou no meu ouvido:
- Gê, a nobreza nos orienta que cedamos nosso espaço a qualquer convidado... e fez pausa. Olhou-me depois, novamente, na alma e admoestou:
- A nossa divindade nos permite que escolhamos nossos convidados. Concluiu sábia e reticente.
Ainda agora não sei se agradeço a você, Bill Berry, ou à Lua, porque somos os três – você, a Lua e eu, a mesma essência.
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